Nesse último sábado, os servidores do X (Twitter) começaram a cair e hoje vamos entender um pouco mais da manobra política que forçou a suspensão da rede social no Brasil.
Não é de hoje que o twitter era um lugar inóspito, mas após a compra da plataforma ser feita pelo bilionário e suas diretrizes mudarem, um tsunami de neo-nazistas, pedófilos e as pessoas mais subversivas do planeta, invadiram e receberam um passe livre para espalharem ódio contra minorias pelo bem da “liberdade de expressão”.
O twitter foi suspenso após o pedido de remoção de 7 contas em investigação policial por diversos crimes ser ignorada e Elon demitir todos e fechar a sede do Twitter no Brasil enquanto continuava a operar no país sem ter um representante legal.
A “Liberdade de expressão” de Musk é diferente da nossa.
No primeiro ano de gestão de Elon Musk, diversos estudos apontaram um aumento significativo dos discursos de ódio na plataforma Twitter, atribuído às políticas de liberdade de expressão adotadas pela nova administração. Em junho de 2023, o Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH, na sigla em inglês) revelou que a rede social não punia postagens odiosas feitas por assinantes do X Premium, levantando suspeitas de que a própria plataforma poderia estar amplificando o alcance dessas mensagens tóxicas e promovendo propagandas a favor da discriminação, xenofobia e por outro lado penalizando mensagens contrárias à ideologia do dono da plataforma. Palavras “cis ou cisgênero” ou até “Palestina” eram limitadas instantaneamente na plataforma, enquanto fake news, propaganda nazista, notas de correção caluniosas contra pessoas trans, negros e imigrantes tinham o alcance turbinado na plataforma pela página “Para você”
Para índia e Turquia é uma coisa, para nós outra. Por quê ?
Na Índia e Turquia, as autoridades ordenaram a remoção de perfis e conteúdos considerados inadequados e de viés contrário ao governo estabelecido, e, após uma resistência inicial, a plataforma X cumpriu as determinações. No entanto, o desfecho diferente em outros países, apesar de situações semelhantes, levantou uma questão importante: por que Elon Musk acatou as ordens na Turquia e na Índia, mas insiste em desobedecê-las no Brasil ?
Os interesses econômicos que norteiam as ações de Elon recorrentemente se contradizem.
Há tempos que o bilionário tenta interferir nos processos democráticos na América Latina e com orgulho, para conseguir acesso barato à fundos de Lítio (Material que se utiliza na construção das baterias elétricas utilizadas pelos seus carros Tesla).
No print a seguir, o mesmo admite que influenciou uma tentativa de golpe na Bolívia (País com maior reserva de Lítio do planeta) e que devemos lidar com isso.
TRADUÇÃO:
Armani- Você sabe o que não é interessante para as pessoas ? O governo americano organizando um golpe contra Evo Morales na Bolívia para que você pudesse obter Lítio lá!.
Elon- Vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso.
Não é difícil entender a mentalidade do bilionário:
Surfando na campanha de onda de ódio lançada pela extrema direita contra o judiciário, Elon ganha corpo e apoiadores ao se juntar ao movimento que organizou a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Ou seja, Elon mostra estar ao lado dessas pessoas, para conseguir poder e lítio com mão de “obra barata” com fiscalização e regulamentações afrouxadas.