O Brasil alcançou um marco significativo na imunização infantil, saindo da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo. Os dados são de um novo relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), divulgado nesta segunda-feira.
Redução no Número de Crianças Não Imunizadas
Segundo o relatório, o Brasil apresentou uma redução impressionante no número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina DTP1 (que protege contra difteria, tétano e coqueluche). Em 2021, 687 mil crianças não haviam recebido a DTP1. Esse número caiu drasticamente para 103 mil em 2023.
Além disso, a quantidade de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 também diminuiu significativamente. Em 2021, 846 mil crianças não haviam recebido a terceira dose da vacina. Em 2023, esse número foi reduzido para 257 mil. No Brasil, a DTP é administrada pelo programa nacional de imunizações sob o nome de vacina pentavalente.
Melhoria em Diversos Imunizantes
O relatório destaca que, entre 2021 e 2023, o Brasil registrou melhorias em 14 dos 16 imunizantes analisados pela UNICEF e OMS. Esse avanço reflete os esforços contínuos do país em fortalecer seu programa de imunização e garantir que mais crianças recebam as vacinas necessárias para uma vida saudável.
Contexto Global
Enquanto o Brasil celebra esses avanços, o cenário global de imunização infantil não apresentou melhorias. A cobertura global de imunização infantil estagnou em 2023, resultando em 2,7 milhões de crianças a mais não vacinadas ou com imunização incompleta, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.
Importância da Imunização
A imunização é uma das intervenções de saúde pública mais eficazes para prevenir doenças e salvar vidas. A vacina DTP, por exemplo, protege contra três doenças graves: difteria, tétano e coqueluche. A redução no número de crianças não imunizadas no Brasil é um passo crucial para melhorar a saúde infantil e reduzir a mortalidade infantil.
O Brasil saiu da 7ª posição na lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas em 2021 e, em 2023, já não faz mais parte dessa lista. Esse progresso é um testemunho do compromisso do país com a saúde pública e a proteção das crianças contra doenças evitáveis por vacinação.