Após passarem dois dias presos, família de Muslim M. A Abummar, um intelectual em defesa da causa Palestina, foram deportados e mandados de volta para a Malásia, país no qual residem após “determinação” do FBI por suspeita de envolvimento com o movimento de resistência Hamas sem nenhum tipo de investigação do órgão brasileiro.
Mais uma vez, em colaboração com governo americano, Polícia Federal permite conflitos geopolíticos influenciarem nossa política de acolhimento, mesmo com o chefe de estado execrando e condenando as ações consideradas terroristas do Governo Sionista de Israel para com o povo da Palestina. Segundo nota da IBASPAL (Instituto Brasil-Palestina), Muslim, sua esposa grávida, seu filho de 6 anos e sua sogra de 69 anos de idade foram detidos com um pretexto absurdo. Ações em conjunto como essa, demonstram traço cultural que permeia o âmago do brasileiro: o vira-latismo.
O intelectual palestino e sua esposa planejavam o nascimento do filho em solo brasileiro, para após ser permitido a imigração da família, o que é algo completamente legal e muito comum. Já os Estados Unidos são os maiores apoiadores do regime sionista, sistema que perpetua uma das guerras que mais matou civis na história da humanidade e por obviedade não deve ter o direito de legislar fora de sua área de atuação e principalmente, definir quem é terrorista ou não.
Segundo estudos, apenas entre 2018 e 2020, os EUA já invadiu mais de 80 países e implodiram golpes e guerras civis que deixaram mais de 37 milhões de desabrigados segundo estudos da Stephanie Savell para o projeto Custos da Guerra da Universidade Brown pela chamada “guerra antiterrorista”, que segundo o jornal The New York Times, surpreendentemente gerou um “boom” em lucros e capacidade produtiva no setor bélico após início das ações ofensivas de Israel, que entre mortos e feridos, 62% são mulheres e crianças.
No momento da interrogação, não estavam presentes advogado e tradutor.
Nenhuma prova foi apresentada.