Na segunda-feira, o Ministério da Educação homologou as novas diretrizes curriculares nacionais para cursos de formação de professores, introduzindo mudanças significativas no formato de ensino. A principal alteração é a limitação do ensino à distância (EAD), que agora só poderá ocupar até 50% da carga horária dos cursos. Dessa forma, as faculdades deverão oferecer pelo menos metade do curso de forma presencial.
O debate sobre o tema vinha sendo acompanhado com grande interesse pelos especialistas do setor, especialmente devido ao aumento da oferta de cursos de pedagogia por universidades com notas baixas nas avaliações do Ministério e ao crescimento expressivo de cursos de licenciatura na modalidade EAD. Atualmente, as matrículas em cursos de formação de professores na modalidade EAD representam quase 40% do total no país.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e é válida para:
– Cursos de licenciatura,
– Cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados,
– Cursos de segunda licenciatura.
As novas diretrizes foram sugeridas em um parecer do Conselho Nacional da Educação e estabelecem não apenas a proporção da carga horária que pode ser oferecida na modalidade EAD, mas também a estrutura curricular dos cursos, entre outros detalhes.
Essa mudança visa garantir uma formação mais robusta e presencial para os futuros professores, buscando melhorar a qualidade da educação e a preparação dos profissionais que atuarão nas salas de aula do país.