A partir desta terça-feira, (11.06) empresários do Rio Grande do Sul poderão acessar uma linha de crédito de R$ 15 bilhões, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida visa apoiar aqueles que tiveram seus negócios afetados pelas recentes cheias no estado. Para obter o crédito, os empresários devem procurar o gerente do banco onde já são clientes. Aproximadamente 40 bancos estão habilitados a operar esses recursos, com sete já aptos a oferecer os financiamentos: Bradesco, Banrisul, BRDE, Badesul, Banco Safra, Sicredi e Cresol. As demais instituições ainda estão em processo de habilitação.
Disponibilidade e Administração do Crédito
O prazo para que os recursos comecem a ser disponibilizados nas contas dos beneficiários é a partir do dia 21 de junho, dependendo da negociação com cada banco. O programa é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já possui parcerias com essas instituições financeiras. A lista inclui bancos públicos e privados, cooperativas de crédito, bancos de desenvolvimento regionais e outros.
Os recursos, anunciados em 29 de maio, estarão disponíveis para empresas de todos os portes, cooperativas, produtores rurais, caminhoneiros e microempreendedores individuais (MEIs). Para acessar o crédito, os empresários devem ter uma filial em um dos 95 municípios do Rio Grande do Sul que decretaram estado de calamidade e declarar que sofreram danos devido às enchentes ou consequências econômicas associadas à calamidade.
Tipos de Crédito Disponíveis
Máquinas e Equipamentos
– Objetivo: Financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos para recompor a capacidade produtiva afetada em todos os setores.
– Valor Máximo por Cliente: Até R$ 300 milhões.
– Prazo: Até cinco anos (com até um ano de carência).
– Taxa de Juros: Até 0,6% ao mês.
Investimento e Reconstrução
– Objetivo: Financiamento para projetos de investimento, como construção e reforma de fábricas, galpões, armazéns e estabelecimentos comerciais.
– Valor Máximo por Cliente: Até R$ 300 milhões.
– Prazo: Até dez anos (com até dois anos de carência).
– Taxa de Juros: Até 0,6% ao mês.
Capital de Giro
– Objetivo: Apoio financeiro para necessidades imediatas, como pagamento de folha de salários, fornecedores, recomposição de estoques e demais gastos para retomada das atividades.
– Valor Máximo por Cliente: Até R$ 400 milhões.
– Prazo: Até cinco anos (com até um ano de carência).
– Taxa de Juros: Até 0,9% ao mês.
Procedimentos para Solicitação
Cada cliente terá sua situação específica analisada pelos bancos, com uma avaliação individualizada do risco para definir os juros, respeitando o teto estabelecido pelo BNDES para cada modalidade. Os pedidos podem ser feitos por canais digitais ou em agências físicas. O BNDES exigirá apenas uma declaração de que houve perdas ou que o cliente está sofrendo consequências financeiras devido às enchentes.
Conclusão
Esta linha de crédito representa uma importante medida de apoio aos empresários do Rio Grande do Sul, permitindo a recuperação e continuidade das atividades econômicas após os danos causados pelas cheias. Empresários interessados devem procurar seus respectivos bancos para iniciar o processo de solicitação e garantir o acesso aos recursos necessários para a reconstrução e retomada de seus negócios.
Para mais informações, entre em contato com o banco onde você já é cliente ou acesse o site do BNDES.